Título é a melhor e mais acessível ferramenta pra qualquer pessoa redatora que está começando a carreira e quer/precisa mostrar talento.
Só que pra aprender a fazer (além de fazer, é claro) é preciso ver o trabalho de quem já está fazendo. E fazendo bonito.
No meu caso, como os anuários eram artigo de luxo nas primeiras agências por onde passei, precisei recorrer à internet.
O site do CCSP (antigo nome do atual Clube de Criação) era um bom lugar, mas os resultados de busca eram horríveis (ainda são).
Dando um Google, achei alguns blogs com essa temática, porém, na época não eram tão atualizados como eu precisava.
Então, decidi criar meu próprio banco de títulos.
Dei sorte porque o nome já veio pronto.
Pensando em criar um conteúdo novo, criei o Nos Bastidores. Uma série onde eu convidava redatores pra contar como foi o processo criativo por trás de algum título.
Depois de um tempo, criei uma nova série chamada título.fdp. Era basicamente pra pessoa contar quais foram/são os cinco títulos que ela gostaria de ter feito. A galera recebeu super bem a iniciativa e interagiu demais. Foi tão legal que tive oportunidade de chamar alguns nomes que eu acharia impossível, tipo a participação emblemática do Washington Olivetto que você pode ver clicando no nome dele.
2020 chegou e com ele a pandemia que fez muitas pessoas perderem entes queridos e seus empregos. O primeiro problema estava fora do meu alcance, mas o segundo deu pra tentar ajudar de alguma forma. Então, surgiu a ideia do corona.fdp. Só que, dessa vez, seriam títulos da galera que estava desempregada e prontas pra voltar ao mercado de trabalho.
Em 2023 repeti a ideia, mas foi por um bem maior. Com tanto layoff sendo anunciado no LinkedIn, resolvi trazer a versão layoff.fdp pra anunciar os títulos de quem rodou.
Pra finalizar o assunto, apesar de não ser uma ideia minha, acho que vale colocar essa campanha aqui pra mostrar que o trabalho de 10 anos no Banco de Títulos continua tendo sua relevância. Esses filmes foram criados pelo redator Zeca Castilho e o diretor de arte Gustavo Zordan, que me deram ainda mais ânimo pra continuar tocando o barco.
Flávio Pinheiro
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